domingo, 28 de abril de 2013

De olhos fechados se encontra a verdade
De olhos abertos o ego se sobressai
Aceitar o verdadeiro nem sempre é fácil
Só se levanta aquele que também cai
Celebremos a união
Busquemos o perdão
estendamos nossa mão
Tem que abrir o coração
Somos amor

domingo, 21 de abril de 2013

Amor de papel

Henrique há um bom tempo tem conhecido várias mulheres e tem sido feliz com isso, mas ainda sonha com o amor de bárbara todas as noites. Depois de quase dois anos após o término do namoro ele recebe a notícia de que ela iria até a casa dele no domingo. A ansiedade tomava conta de seu corpo e de sua mente, mesmo depois de uma baita noitada ele não conseguiu nem dormir direito, pensando na chegada da menina mais incrível e encantadora que já viu em toda sua vida. Mesmo com as pálpebras pesadas, a voz rouca e a mente cansada ele se concentrava no que ia dizer, era um turbilhão de idéias sem sua cabeça. Henrique não fazia ideia do que poderia acontecer, ao mesmo tempo que ele achava que bárbara ainda sentia o algo por ele, também achava que ele era só mais um. Porém era a sua melhor oportunidade de reviver o mais belo sentimento que já sentiu por uma mulher, já que Bárbara havia passado em uma faculdade em outra cidade e em breve se mudaria.
Henrique só pensava no beijo que pretendia roubar, no entrelace de mãos, na conexão de energia, na despedida, será que ela aceitaria? O tempo passou e Bárbara não chegou, ele saiu de bicicleta para respirar a brisa da noite que se iniciava, mas até a tia que lia jornal na fila do pão sabia ele não a havia encontrado, seu semblante não era de tristeza, nem ele sabia qual era o sentimento lhe invadia aquele momento.
Henrique fumou o seu cigarro e voltou para a sua casa para escrever mais uma carta sem destino, era o seu refúgio. Mesmo que seja em vão ele sempre continuará escrever para Bárbara, pois ele ama isso, chega doer de tão bonito o jeito como ele ainda a ama em seu travesseiro e em seu caderno. É o amor mais belo que já conheci.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Dezoito anos mais cinco

Meu olhar foi fixo e incisivo diante ao espelho do banheiro, ele me encarava e até me intimidava durante nosso confronto. Fiquei dez minutos ou mais na mesma posição, totalmente estático, esperando que algo acontecesse diante de meus olhos. Nada ao meu redor era capaz de me distrair.
Meus olhar refletia indignação e um leve cansaço, meu cabelo de repente havia diminuído e minha testa começara a refletir um futuro que eu já não quero abraçar. Minha barba mesmo que rala demonstrava que existe tempo na vida enquanto ela é terrena e assim eu ia me reconhecendo, mas só quando eu cerrei meus olhos que pude enxergar quem eu realmente era. Não que o espelho seja um tremendo mentiroso, só não dizia muita coisa sobre a minha verdadeira essência.
A partir desse momento vi que eu sou uma eterna criança, mas que o mundo agora começara a sufocar, me afastando da realidade e impondo padrões e conceitos que já mataram nossos pais, nossos professores, nossos tios, nosso vizinhos e todos que já passaram dos 20 e poucos anos. Percebi que a vida depois de um certo tempo te rouba descaradamente a felicidade e ainda ri da sua cara.
Amanhã completo 23 anos e ainda quero: salvar o mundo, viver alegria constante, ter fim de semana livre e ganhar dinheiro com minha criatividade sem achar que seja algo cansativo. Bom, tirando isso não tenho muita certeza do quero, porém tenho do que não quero. O que não significa que nem tudo que eu não quero eu não precise, mas o meu objetivo é não precisar.
Já me encontro um pouco lúcido e já acertei as contas com o espelho, estou melhor. Eu acho...

terça-feira, 2 de abril de 2013

A minha saudade

Minha saudade estava com saudade de você
Minha saudade devia estar se embriagando no butiquim da lucidez
Devia estar enrolando um baseado feito de alguns sorrisos novos
Minha saudade esqueceu do vestido de bolinha outra vez (também havia alguns lacinhos)

Mas quando a minha saudade cansa de se entorpecer 
Claro, ela sempre lembra da falta de você
É a melhor saudade que minha saudade já sentiu
Quem me dera igual a essa eu tivesse outras mil
Mas é uma só
Aí te revivo, te sinto, te conquisto, te amo
Nosso canto
Te odeio, te chingo, te pego e te dou prazer
Mais um pranto

Minha saudade me permite ser feliz
Minha saudade não me enlouquece por um triz
Mas a minha saudade de você, menina
É o que somente o que posso ter
E ainda assim é tudo que eu sempre quis